Violência na final da Copa do Brasil: Flamengo exige medidas urgentes
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set, 27 2025
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A vitória do Flamengo contra o Atlético Mineiro foi, sem dúvida, o ponto alto da noite, mas rapidamente virou manchete por outro motivo: a violência que tomou conta da arena em Belo Horizonte. Entre gritos, arremessos de objetos e duas invasões ao gramado, torcedores rivais se enfrentaram num cenário que mais se parece com uma zona de guerra do que com uma celebração esportiva.
O que aconteceu na final
Logo após o apito final, grupos organizados de torcedores começaram a ultrapassar as barreiras de segurança. Alguns conseguiram entrar no campo, onde foram confrontados por torcedores adversários, gerando confusão e risco de lesões tanto para os fãs quanto para os jogadores ainda em campo. A polícia e a segurança do estádio foram acionadas, mas a resposta demorou a se consolidar, permitindo que a situação escalasse.

Reação do Flamengo e reivindicações
Na manhã seguinte, a diretoria do Flamengo enviou um ofício oficial à CBF e ao Minas Arena, exigindo a implementação de medidas imediatas: maior número de seguranças, revisão dos pontos de acesso, uso de tecnologia de reconhecimento facial e punições mais rigorosas aos responsáveis por atos violentos. O clube argumentou que incidentes como esse mancham a reputação do futebol brasileiro e colocam em risco a vida de todos os envolvidos.
Além das reivindicações, o Flamengo destacou que episódios de violência já ocorreram em outras finais e jogos decisivos, mostrando que o problema não é pontual, mas estrutural. A solicitação inclui ainda a criação de um comitê de segurança independente, composto por representantes de clubes, autoridades policiais e especialistas em gestão de multidões.
Especialistas em segurança esportiva apontam que a falta de treinamento adequado das equipes de segurança e a ausência de um plano de contingência robusto foram fatores decisivos para a escalada da situação. Eles sugerem a adoção de protocolos testados em grandes eventos internacionais, como controle de fluxo de entrada e saída, áreas de contenção para torcedores radicais e comunicação em tempo real entre seguranças e polícia.
Enquanto isso, torcedores do Atlético Mineiro também apresentaram queixas, pedindo que suas torcidas sejam protegidas e que o clima de hostilidade seja coibido. A pressão está crescendo, e a expectativa é que a CBF reveja suas normas antes do próximo grande torneio nacional.