Yamal é detestado em Madri: 'Insiste em ser Neymar', diz jornal após clássico

Yamal é detestado em Madri: 'Insiste em ser Neymar', diz jornal após clássico

Na noite de 26 de outubro de 2025, o Santiago Bernabéu não apenas viu o Real Madrid vencer o FC Barcelona por 2 a 1 — viu um garoto de 18 anos se transformar no centro de um furacão de críticas. Lamine Yamal, o meia-atacante com a camisa 10, já havia entrado em campo com a reputação manchada. Antes da bola rolar, ele disparou: "O Real Madrid rouba". Não foi um comentário de torcedor. Foi uma declaração de um jogador profissional, em nome de um clube que tem Messi, Xavi e Iniesta como referência. E isso, para muitos, foi o suficiente para virar um escândalo.

"Insiste em ser Neymar"

Na segunda-feira, 27 de outubro, o jornal Marca publicou uma coluna de Juan Ignacio García-Ochoa que não deixou espaço para diplomacia. "Messi, Xavi ou Iniesta nunca foram ouvidos proferindo tal ultraje. Nem mesmo nos tempos de Mourinho e Guardiola", escreveu o jornalista. A comparação com Neymar foi o golpe final: "É uma pena que ele insista em ser Neymar". Não era só sobre o que Yamal disse — era sobre como ele agiu. Enquanto os ídolos do Barça construíam legado com humildade e eficiência, Yamal parecia buscar atenção, polêmica, drama. E dentro de campo? Foi invisível. "Quis ser protagonista na coletiva pré-jogo, mas não conseguiu sê-lo dentro de campo", resumiu o texto. Ele teve 3 gols e 8 assistências em 10 jogos na temporada, mas no clássico, foi apagado. Um fantasma daquilo que foi no início da campanha.

Provocações e reações

Depois do apito final, o que aconteceu no vestiário do Real Madrid foi tão significativo quanto o placar. Segundo relatos do TNT Sports Brasil, Dani Carvajal e Vinicius Júnior abordaram Yamal no túnel, com comentários que iam além da rivalidade esportiva. Não eram apenas provocações — eram um recado: "Você não é um dos nossos, e nem deveria ser". Ainda que não tenha havido confirmação oficial, o clima era de isolamento. Enquanto os jogadores do Real celebravam a vitória que os colocou em 27 pontos no topo da La Liga, o Barça, com 22, mergulhava em uma crise de identidade. O técnico Hansi Flick, que já havia expressado preocupação com o uso de analgésicos por Yamal em jogos da seleção, agora enfrentava um novo problema: o jovem estava se tornando uma distração.

Um problema que vai além do campo

Um problema que vai além do campo

Então veio a bomba de 11 de novembro. O Real Federación Española de Fútbol (RFEF) anunciou que Yamal seria afastado dos jogos da seleção contra Geórgia e Turquia. A justificativa? Um "procedimento invasivo" realizado pelo Barça — sem aviso prévio. O técnico da seleção, Luis de la Fuente, foi direto: "Nunca vivi uma situação como essa antes. Você não tem nenhuma informação e não sabe de nenhum detalhe. E aí te contam problemas de saúde de um jogador, você fica surpreso". A situação expôs uma guerra silenciosa entre clube e federação. Flick já havia reclamado em setembro que Yamal havia jogado lesionado contra a Turquia e voltou ao Barça sem condição física para treinar. Agora, o RFEF sentia que seu jogador estava sendo tratado como um objeto — não como um atleta.

Por que isso importa?

Yamal é o futuro. Foi eleito o segundo melhor jogador do mundo por France Football — e ainda tem 18 anos. Mas o futuro não é só sobre talento. É sobre caráter, disciplina, respeito. E aqui está o dilema: será que ele está seguindo o caminho de Messi, que vencia com silêncio? Ou o de Neymar, que vive entre polêmicas, lesões e drama? A resposta não está no placar. Está nas escolhas. E cada vez mais, os torcedores do Barça estão se perguntando: será que o clube está protegendo um gênio — ou alimentando um ego?

O que vem a seguir?

O que vem a seguir?

Yamal deve retornar aos campos em dezembro, mas a pressão só aumenta. O Barça precisa decidir: vai apoiar sua estrela, mesmo que ela brilhe com luzes erradas? Ou vai impor limites, como fez com Ronaldinho, quando o afastou por comportamento? Enquanto isso, o RFEF já pediu reunião com a diretoria do Barça para estabelecer protocolos claros sobre tratamentos médicos e comunicação. E o clássico de ida da Copa do Rei, em janeiro, promete ser ainda mais tenso. Porque agora, não é só sobre futebol. É sobre quem Yamal quer ser — e quem o mundo espera que ele seja.

Frequently Asked Questions

Por que a comparação com Neymar é tão pesada para os torcedores do Barcelona?

A comparação dói porque o Barcelona tem como pilares históricos a humildade e a lealdade — valores encarnados por Messi, Xavi e Iniesta. Neymar, por outro lado, é visto como um jogador que prioriza o showbiz, a mídia e os contratos, muitas vezes deixando o clube em situações delicadas. Para os barcelonistas, Yamal tem o potencial de ser um ídolo eterno — mas suas atitudes, como falar mal do rival antes do jogo ou se ausentar por procedimentos não comunicados, lembram mais o perfil de Neymar do que o dos lendários da casa.

O que foi o "procedimento invasivo" mencionado pelo RFEF?

O clube não divulgou detalhes médicos, mas fontes próximas à equipe médica do Barça sugerem que Yamal passou por uma intervenção em uma lesão crônica no tornozelo direito, provavelmente uma injeção de plasma rico em plaquetas (PRP) ou até uma cirurgia mínima. O problema é que o RFEF foi informado só depois — o que viola protocolos internacionais de comunicação entre clubes e seleções, gerando desconfiança e atritos institucionais.

Yamal ainda pode se tornar o melhor jogador do mundo?

Sim — e com facilidade. Ele tem velocidade, visão de jogo e finalização que poucos têm na sua idade. Mas o título de "melhor do mundo" exige mais que talento: exige liderança, consistência e integridade. Se ele continuar a atrair controvérsias, mesmo sendo excelente tecnicamente, a reputação pode pesar mais que os gols. Messi não foi o melhor por causa dos números — foi por causa da maneira como os outros o viam.

Como o FC Barcelona está lidando com a pressão sobre Yamal?

Internamente, o clube está dividido. Alguns dirigentes querem protegê-lo da mídia, enquanto outros acreditam que é hora de impor limites. Hansi Flick, segundo relatos, já teria feito uma reunião privada com Yamal, pedindo maturidade. Mas não houve punição pública — e isso preocupa os torcedores mais tradicionais, que temem que o clube esteja priorizando o marketing do jovem em vez de sua formação como atleta e pessoa.